A invenção trata-se de um processo de fabricação de móveis em que se utiliza a resina poliéster como base de um material compósito, que é reforçada com fibra de Miriti trançada em técnica de crochê. A tecnologia utiliza a fibra de Miriti (espécie vegetal com alta incidência na América do Sul) em conjunto com resina de poliéster e a técnica do crochê, para produzir um material resistente para a produção de móveis. O projeto foi concebido em conjunto com a Cadeira Piriá pelos mesmos autores, a designer Altairley Mendonça Freires e o professor Dr. Manoel Alacy da Silva Rodrigues.

O problema de partida que impulsionou os inventores consistia em como utilizar a fibra de miriti (Mauritia flexuosa), trançada na técnica do crochê, como reforço para matriz poliéster, conferindo resistência ao material e podendo ser aplicado na produção de móveis de diferentes produtos de Design. A inovação da tecnologia está mais atrelada ao conceito estético e cultural que o reforço confere para o material.

Para o processo de fabricação, foi identificada a resina poliéster como matriz para o compósito proposto, principalmente pelos seus benefícios econômicos, facilidade de utilização e comportamento em relação à resistência em diferentes condições. Por isso, o projeto inicial usa a fibra de miriti, entretanto, é possível a utilização de outras fibras naturais e sintéticas para a mesma finalidade.

Por isso, o processo ganhou destaque por utilizar materiais de processamento fácil e econômico que apresentam boa resistência a intempéries e estabilidade dimensional. Sendo apresentada em duas vitrines tecnológicas realizadas pelo SEBRAE/PA em 2017 e 2018, a tecnologia tem um diferencial estético com aplicação do crochê de caráter inovador podendo, assim, ser produzida industrialmente e negociada como ativo.